Pois vejam vocês, tanto tempo sem escrever e … BAM! outra viagem engatilhada. Desta vez, sem a facilidade de pagar em looooongas 18 prestações. São cinco parcelas puxadas, mas nada que me matasse, pois estou aqui, de novo, escrevendo minhas asnices.
Tem mais: por sorte, não estive presente durante as manifestações de junho, ou estaria teclando da cadeia. Não, eu não desculpei o transtorno daqueles que estavam
trabalhando por um mundo melhor possível.
Ok. É duro ver que garotinhos que deviam estar na escola, estudando para o vestibular, atrapalhando a vida de quem trabalha e realmente estuda. Se levaram um
spray de pimenta na cara, foi bem feito.
No entanto, está saindo um bom livro para vocês. Tudo bem que são mais de 600 páginas, mas, quando ele for lançado – está em pré-venda em qualquer boa livraria da internet (são duas), vocês poderão aprender mais sobre o que está acontecendo - e lutar contra isso!!
Nesse tempo, o que eu fiz? NADA! Quer dizer, trabalhei de montão, estudei Inglês, tirei fotos e montei essa viagem.
Ah, sim, vi um filme MUITO BOM! “The Birth of a Nation”, do D.W. Griffith, de 1916. Filme p&b, MUDO. Uma boa análise do filme está
aqui, em inglês.
O filme, visto pelos olhos de hoje, é uma caricatura – aliás, qualquer coisa antiga, que não seja Beethoven (haha), é uma caricatura.
A história
in a nutshell: dois amigos, um do Norte, um do sul, gostam de duas garotas, uma do Norte, outra do Sul. Não fosse aquela coisa toda de Forte Sumter, eles se casariam, normalmente, se encheriam de filhinhos e tudo mais. Só que aconteceu Forte Sumter (se tiver preguiça, é só ver “… e o vento levou!”) e os dois casais são separados. Acontece um montão de coisas durante as três horas de filme, incluindo a menininha gracinha do filme que, para escapar de uma
suposta tentativa de estupro por parte de um negro – um branco com a cara pintada –, se atira de um precipício. Se você lembrou aquela cena quase final de “O Último dos Moicanos”, deve ter sido clonada.
Uma coisa interessante: os “negros” do mal são luxuriosos, traidores,
tudirruim.
Sim, a familia sulista tem umna empregada negra que parece, sim, a Mammy de GWTW.
Interessante, mesmo, é como um dos heróis da história tem a idéia de criar a Ku Klux Klan.
Não, a gente “não gostamos” da Ku Klux Klan.
Sim, o Sul dos Estados Unidos era feudo dos DEMOCRATAS (é, esses caras que vocês costumam achar que são so “good guys”. Eles não são).
Em resumo: gente muito mais gabaritada já escreveu sobre o filme, e eu não vou me meter a besta. Sei que gostei da experiência – nunca tinha visto um filme da época, antes, só trechinhos no Youtube.
Como eu sou do tipo de senhorinha que assiste “The Expendables”, já perceberam meu gabarito para analisar o que quer que seja. Sou do tipo “gostei” ou “não gostei”.
(
cartaz do filme, tirado do filmsite.org)