Carona para a Lua

Eu não sou uma velhota chata, que “odeia” soviéticos. Pelo contrário, gosto de prestar honras a quem de direito. Já falei de Lev Iashin, goleiro da Seleção Olímpica da União Soviética, medalha de ouro em futebol em Melbourne, 1956, que participou de quatro Copas do Mundo (1958/62/66/70).
Em 12 de Abril, comemora-se cinquenta anos do primeiro vôo espacial tripulado por um humano. Antes, os soviéticos haviam mandado para o espaço, literalmente, a cadelinha Laika, em novembro de 1957.

(Simpática, não?)

O segundo ser vivo a ser levado ao espaço foi Yuri Alekseyevich Gagarin, a bordo da cápsula Vostock 3KA. 89 minutos de um vôo que inscreveu seu nome na grande aventura humana que iria culminar no “pequeno passo para um homem, um grande passo para a Humanidade” de Neil Armstrong. (Aliás, eu vi um fac-simile da Apolo 11 no Museu de Aeronáutica em Washington DC. Fico imaginando três homens americanos, que costumam ser grandões, dentro daquele ovo de coruja, com a garantia de dar tudo errado.) Num tempo em que computadores eram geringonças que ocupavam salas inteiras e tinham poucos, mas muito poucos kbites, fazer uma viagem dessas requeria cojones, coisa que falta para muita gente por aí.

Em resumo, o rapaz deu um rolê no planetinha azul em 89 minutos – algum juiz de futebol brasileiro daria dois de acréscimo …), voltou, foi aclamado como herói e morreu em um acidente de avião – irônico.

Segundo alguns, ele disse: Fui ao céu e não viu Deus. Fácil. era só olhar BEM para fora da escotilha. Nenhum Kossigin, nenhum  Brezhnev , nenhum Stalin faria aquele MONTE de estrelas no espaço.