13/10/2012

Gente que a gente não esquece

Eu devia ter falado nele ontem, mas resolvi trocar as bolinhas.Ontem falei de Paul Simon, que nasceu em 13/10. Hoje falo de John Denver, que morreu em 12/10. Creio já ter falado dele anteriormente, mas tudo bem, vai um pouquinho de história. Com um papai da Força Aérea, o rapaz não tinha morada fixa. Foi estudar engenharia ou arquitetura (preguiça de procurar), mas gostava de compor, participou do Chad Mitchell Trio, até que uma de suas canções “Leaving on a Jet Plane”, nas vozes de Peter, Paul & Mary (quem, eu gosto de folk?? MAGINA!!) estourou no Norte e ele partiu para carreira solo. Baseado numa casa nas Montanhas Rochosas, cantava sobre as montanhas, as águias, a ecologia em geral, antes de virar esse mimimi enjoado. Chegou a cantar com os Muppets (fez um especial de Natal que é muito bonito) e com Placido Domingo (aí, eu já não gostei muito). Terminou por morrer em um acidente aéreo, quando testava um novo tipo de avião.

Segue uma das músicas – entre tantas – que eu aprecio de montão. Como sempre, deixe carregar e divirta-se.

12/10/2012

O personagem da semana

Ruy Castro escreveu “Saudades do Século  XX”, falando de atores, cantores e diretores que marcaram o século, mesmo antes de seu final.

Pois eu vou na linha e vou falar sobre o que me traz um pouco de saudades do século passado.

Começo com um dos melhores – na minha opinião – compositores/cantores da música norte-americana.

Paul Frederick Simon nasceu em Newark, em 13/10/1941 e formou dupla com seu eterno partner, Art Garfunkel, desde adolescente. Entre idas e vindas de grupos, Simon descobriu que uma de suas músicas, ”The sound of silence”, estava fazendo sucesso, numa versão “eletrificada”. Dalí para o estouro, um passo. Escreveu “Mrs. Robinson”, para o filme “The Graduate” (A primeira noite de um homem) e, com Garfunkel, gravou seis álbuns, todos premiados com o Disco de Ouro. Eu sou suspeita para falar, pois sou fã dos rapazes desde meus doze anos, quando ganhei o primeiro compacto da dupla, “The Boxer”. Até hoje, essa canção me é cara ao coração. Simon sempre falou da solidão e dos “off-the-road” de Nova Iorque. Outra característica sua: a facilidade de se integrar em outros ritmos. Pode parecer estranho, mas ele foi um dos primeiros músicos a dar destaque ao reggae (Mother & Child Reunion), à música andina (El condor pasa), à música de New Orleans (Take me to the Mardi Gras) e, por fim, à música da África do Sul (pré queda do apartheid) e Brasil (Olodum), em “Graceland” e “Rhythm of the saints”. Confesso que, depois desse último álbum, perdi um pouco o contato com 0 baixinho, mas soube que ele fez uma homenagem tocante no último 11/09, em Nova Iorque. Ele foi casado com Peggy Harper (que, dizem, levou um puxão de orelhas do governo militar brasileiro em 1969, quando veio ao país, acompanhando Simon, que foi presidente do juri no Festival Internacional da Canção daquele ano. Ela estava usando uma camiseta com a faccia do cheguevara. Pessoalmente, estou com os militares); com Carrie Fischer (Princesa Leia de “Star Wars”) e, atualmente, está casado com a música Edie Bricknell, com quem tem três filhos. Aventurou-se pelo mundo do cinema, fazendo “One Trick Pony”, cuja trilha sonora é muito boa, e roubando a namorada de Woody Allen (yay!!) em “Annie Hall”.  E, sim, ele veio ao Brasil, mas, diferentemente de muitos estrelões, veio no auge do sucesso, quando gravou o disco com o Olodum e Milton Nascimento. E eu, claro, fui. Ganhei um ingresso – cadeira numerada – mas estaria bem com a patuléia, porque fiquei de pé o tempo inteiro do show. Não sei se o rapaz ainda dá aulas, mas era professor de Literatura na Columbia University, em Nova Iorque.

Homeless–by Paul Simon & Ladysmith Black Mambazo

Para terem uma idéia da força da música, um amigo meu, que achava Paul Simon extremamente comercial, aplaudiu de pé, ao terminar a audição. 

Outra coisa: as pessoas “bem-pensantes” (intelequituais) criticaram Simon por quebrar o bloqueio por causa do apartheid. Ele nem ligou para isso. E ganhou o Grammy de melhor álbum em 1987.

Apenas um senão: África do Sul tinha um governo repressivo. Há outros, baixinho,há outros …!

Procurem ouvir Graceland e Rhythm of the Saints. Dá vontade de sair dançando!!

Paul Simon acompanhou minha adolescência, minha vida adulta e, agora, estou redescobrindo o “rapaz”.

Saudades do meu século XX fica por aqui. Semana que vem tem mais!

11/10/2012

Não sumi!

Eu sei, eu sei: long time, no see …

É que eu ando trabalhando feito uma trabalhadora honesta, às vezes fico muito cansada para pensar em algo para escrever e, para não aborrecer o pessoal, eu fico “na minha”.

Sim, estou sem escrever, até sobre o meu time do coração, que anda numa fase MUITO ruim.

Owl_LOL

De resto …