29/10/2011

De livros e bibliotecas

29/10 – Hoje é o Dia Nacional do Livro. Engraçado, eu vejo isso e me lembro daquela música do Jorge Ben: Todo dia/era dia de índio …

Para mim, TODO DIA é dia do Livro, nacional ou não. Eu não consigo me ver sem um livro que seja: Jessica Fletcher e seus crimes, Agatha Christie, Conan Doyle, Andrea Camilleri, Margareth Mitchell, Erico Veríssimo e tantos outros. Gosto de ler. Um ditado chinês diz que portar um livro é como ter um jardim no bolso. Seria muito melhor se as ruas de São paulo fossem um pouco menos esburacadas, o que faria da leitura uma tranquilidade, quando se está no ônibus.

Dizem que enfiar a cara num livro, em local público, é um sinal claro de que não se quer ser abordado. Para garantir, eu enfio a cara no livro e coloco os fones de ouvido do MP3. Leitura com trilha sonora. Mais ou menos como perguntar: Qual parte do “Eu não quero ser incomodada” você não entendeu? Sim, estou ficando uma velha rabugenta. Uma das garotas do escritório disse que, com a idade, a gente tende a ser mais seletiva. E eu respondi que “seletiva” era uma forma delicada de dizer que se é RABUGENTA. Que é exatamente o que eu sou.

Então, se hoje é o Dia Nacional do Livro, rendo minhas homenagens à então Biblioteca Infantil da Vila Mariana “Viriato Correia”, onde, nos tempos de escola, sentava-me para fazer pesquisas e trabalhos e, nas férias, deliciava-me com a obra infantil de Monteiro Lobato.

20/10/2011

De baba-ovices e outras tranqueiras

Podem vir com todos os compêndios gramaticais da lingua portuguesa: estou velhinha e não muito afeita a aceitar “mudanças”. Portanto, não aceito – e o blog é MEU, então eu escrevo o que eu quiser, como eu quiser. Se eu quiser escrever pharmácia, omnibus, ou rezar o Credo em latim, NESTE espaço sagrado, eu escrevo COMO EU QUISER!

Por que tudo isso? Porque eu estou com o SACO CHEIO de ouvir jornalista babaca e baba-ovo falando “presidenta”. Isso já me dá ânsia de vômito. Piora quando o babaca baba-ovo resolve juntar insulto à injúria, ou seja, além de falar “presidenta”, adiciona “mulher”.

Ca*@#$%&!! PRESIDENTA MULHER! O que o babaca baba-ovo espera? Uma “presidenta” homem?

Isso me faz ficar pensando: será que os babacas baba-ovos entendem a besteria que estão falando? Creio que não. Ou será que resolvem deixar o bom senso de lado, apenas para aparecer bonitos na foto? Às vezes eu fico pensando se tanta “adoração” não está afetando o senso crítico de muita gente – o que, acho eu, é o GRANDE objetivo. Não me aprofundo porque não tenho base para tanto. Deixo para quem estudou a vida inteira.

A esses babacas baba-ovos eu junto as “aves-de-rapina”, aqueles repórteres que vão entrevistar uma mulher que acabou de perder a família inteira, além da casa e de seus poucos teréns, e lascam a pergunta fatal: “Como a senhora está se sentindo"?

A melhor resposta a isso foi a resposta que o Chefe do CBI, no seriado The Mentalist, deu para uma jornalista babaca baba-ovo:

TV Reporter Meredith: Special Agent Minelli, our condolences. Would you describe your feelings at this terrible time?
Virgil Minelli: Wow. Meredith that... you media guys. That's just... You know for 8 years, I've put up with idiotic questions from the media and I've never said squat. But *today*, I must tell you Meredith, you have really set a new standard in horses assery. You people have *no* concept of what we do. We go into dark horrible places alone and afraid. And we do it with no money, broken down vehicles and with computers that have more viruses that a $10 whore. How? Good people. And I lost 3 good people today. And a fourth is in critical condition. And you ask me how I'm feeling? I'm feeling sad. You... moron. Any other questions?... Okay then. Good day to you. Elizabeth, carry on.

16/10/2011

EU NÃO SOU NERD!

Era um domingão, estava chovendo gatos e cachorros (péssima tradução para “chovendo canivete” duzamericanu) e eu me convenci a sair de casa para ir ao paraíso nerd por excelência: a FestComix. Fiz um post no ano passado, quando Fabio Civitelli, desenhista da Casa Bonelli esteve aqui no Brasil. Sim, tirei uma foto com ele, junto com o livro que estava sendo lançado naquela feira. Neste ano, a presença marcante é a de Mike Deodato, desenhista da DC Comics. Como eu não sou fã da família DC (acho os personagens um tanto … “emos” demais pro meu gosto), não me abalei por outro autógrafo.  Como cheguei cedo – havia umas cinquenta pessoas na fila, debaixo de chuva – peguei o salão quase vazio.

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Uns vinte minutos depois, estaria bem mais povoado, com pessoas “normais”, punks, góticos e membros de outras tribos.

Fiz questão absoluta de nem ver os lançamentos do ziraldo (lembrem-se de que uso letras maiúsculas apenas para quem merece), pois já pago uma parte de sua polpuda “indenização”, sabe-se lá por que; não iria pagar num livro seu. Devia recebê-lo de graça, pois não?

Quase comprei uma coletânea da “Casseta Popular”, em detrimento aos “40 anos de Pasquim”. Acho o Casseta muito mais anárquico e engraçado.

Estive vendo a continuação da saga do Príncipe Valente – eu tenho os álbuns até o casamento dele com Aleta. Depois, não me interessei muito. É caso de “coleção” e chega um momento em que o ato de “colecionar” me irrita profundamente. Eu não gosto de me sentir “obrigada” a comprar o que quer que seja.

Quando eu falei de nerds, pensava nisso aqui:

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Sim, tem um pessoal que desembolsa uma grana sentida numa coisa dessas. Aí, eu compreendo os rapazes de “The Big Bang Theory”. E, gente, fico com medo! Eles existem! São reais !! (Por sorte, não se reproduzem, hehehehe)

O que eu vi, fora do espaço das HQ, mas tão impressionantes quanto, são as figuras tiradas de filmes e livros:

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Thor, o deus do Trovão (Onde o arco-íris é  ponte/onde vivem os imortais …)

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(Mirror, mirror on the wall …)

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"(Sim, que grande reunião: Rei Estêvão, a realeza, a nobreza, aristocratas e … a ralé!)

Foto0654    (Luke, eu sou seu pai!)

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Foto0645  (Barney Ross, de “Os Mercenários”)

Foto0646(Vou fazer uma oferta que ele não poderá recusar)

As figurinhas são de encher os olhos!!

E, como não podia deixar de ser, mesmo debaixo de chuva …

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Foto0662  Mais dois Rinos para a minha coleção.

Ah, sim, estudantes de Marketing: NÃO façam o que o BB fez na feira, hoje. Distribuiram um bloquinho de desenho (ok)

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… com um lápis … (ok)

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… SEM PONTA!!

Útil como uma loja de biquinis na Antártida.

08/10/2011

Turista não tão acidental

Outro sábado, outro passeio. Desta vez, eu me abalei para a 25 de Março – comprar strass para consertar um gatinho que tenho, que me serve como pendant. Então, lá vou eu, com meus New Balance e meu Nokia X3, olhando a cidade.

Começamos pela Rua São Bento, esquina com a Pça. do Patriarca.

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Este foi um dos endereços mais importantes da cidade, durante muito tempo (até que a ganância de um bestalhão conseguisse colocar tudo a perder). Sim, aqui era a “Botica Veado de Ouro”, um dos laboratórios mais confiáveis para se aviar uma receita médica. Homeopatia era com eles. Sim, o seu primeiro dono foi Henrique Schaumann (oi??).

Continuando na São Bento, a fachada do Edifício York (290)Foto0574

O prédio da Bovespa

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A fonte na Pça. Antonio Prado, em frente ao prédio da BM&F

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Aqui, o comecinho da Av. São João. Ao fundo, o Ed. Andraus, de triste memória (um dia, volto a esse assunto)

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Lateral do Ed. Martinelli, o primeiro rascacielo de São Paulo

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Diante do altar-mor da Igreja de São Bento, estão enterrados Fernão Dias Paes Leme e sua esposa.

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A Ladeira Porto Geral, vista da R. Boa Vista

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25 de Março x Ladeira Porto Geral; São Francisco!!

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Ladeira Porto Geral, vista da 25 de Março. O prédio cinza no fundo da foto é o Banco de São Paulo.

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E, numa casa de fantasias, um “quadro vivo”. Quando havia gente distraída, a bruxa “retratada” soltava umas gargalhadas de arrepiar …

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01/10/2011

Antes de tirar a trave do olho do teu irmão ...

Antes de algum mané chegar aqui, com os pés sujos, falando mal do consulado americano na concessão de vistos, é bom dar uma BOA lida no que vai abaixo. Recomendo muita atenção no que está em negrito/vermelho.

"Visto para o Brasil dificulta acesso dos mexicanos ao País


Internacional
Sex, 23 de Setembro de 2011 13:43

Fernando Pratti, Cidade do México

A burocracia na obtenção de vistos para os mexicanos visitaram o Brasil vem sendo um dos principais entraves para o crescimento do número de turistas do México no País. Renato Rocha, presidente do Comitê Descubra o Brasil no México, coordenado pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), acredita que se o procedimento fosse facilitado, a procura do Brasil entre os mexicanos cresceria entre 30% e 40%.

Diferentemente da facilidade que existe hoje para os brasileiros obterem seus vistos de entrada no país norte-americano, que pode ser feito simplesmente através do preenchimento de um formulário on-line e entregue à companhia aérea no momento do embarque, os mexicanos enfrentam maiores dificuldades na obtenção do documento.

“Há uma burocracia complicada para se obter o visto”, revela Rocha. “O Consulado Brasileiro no México não facilita as coisas por mais que a gente batalhe para isso. Os funcionários tratam mal os solicitantes. É necessário melhorar muito nesse aspecto”, completa. Ele revela que o atendimento no consulado acontece em apenas alguns dias na semana e que existe uma demora de cinco dias para que o documento seja expedido pela repartição.

Outro aspecto  que contribui de forma negativa para a procura do destino brasileiro entre os mexicanos é a valorização do real frente ao dólar e ao peso mexicano que vem ocorrendo nos últimos anos, o que encarece os gastos no país visitado. “Esses dias vemos uma recuperação do dólar. Isso seria bom, no entanto, os hotéis brasileiros têm suas tarifas reajustada pela moeda norte-americana, o que não contribui”, analisou Rocha."

Turistando pela cidade

Estou vendo que, de sábado, eu faço questão ab-so-lu-ta de não ficar em casa. Pelo menos, não pela manhã. Sábado passado, eu fui fazer uma visitinha ao centro de compra de roupas da cidade (pelo menos, o mais próximo que temos de um outlet, já que não temos um Jersey Gardens), a.k.a Zepa’s, ou José Paulino. Falei nisso na semana passada.

Neste sábado que está terminando, eu saí de casa determinada a comprar um par de botas (lembro-me de um velho western onde um mexicano safado dizia: bonita botas, señor …) para enfrentar o início de primavera em Washington D.C., em 2012 (estou rezando para que dê tudo certo …) e eu enfiei nesse meu coquinho designado pelos bem falantes de cabeça, que numa loja mais “popular” da cidade eu as encontraria. BINGO!! Encontrei, sim, a um preço muito bom. Mas não abri o tópico para falar disso. Como sempre, aproveitei o passeio para exercitar meus dotes fotográficos.

Hoje, saí do Centro Novo (Barão de Itapetininga, Praça Ramos, 7 de Abril) em direção ao Centro Velho (Rua Direita, São Beto, Boa Vista, Largo da Misericórdia, Pça. da Sé).

Comecei pelo Theatro Mvnicipal. Depois da reforma, eu só o vi por fora, mas está bem apessoado, o velho senhor!

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(vista da escadaria principal, tirada do café do Theatro)

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(esta é uma bela escultura de Victor Brecheret, “Diana”)

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(um detalhe do portão de entrada do Café. Os caras tinham bom gosto, sem dúvida alguma)

No meio do caminho não tinha uma pedra: tinha um exemplar da RinoMania:

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Então, fui andando pelo Viaduto do Chá (que, nos seus primórdios, tinha cobrança de pedágio! Ou seja, pedágio não é coisa de tucano).Foto0515

(vista do Viaduto, na direção da Praça da Bandeira)

Entrando no lado “antigo” da cidade, fiz questão de fotografar um dos prédios mais clássicos da cidade: o da antiga Loja Fretin, onde costumava-se encontrar o que havia de melhor em artigos médico-cirúrgicos.

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Entrando na Rua Direita …

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… encontramos, na esquina com a José Bonifácio, o prédio que abrigou, durante muito tempo, a Casa Bevilacqua, onde se encontrava partituras, instrumentos musicais e discos. Em 1969, foi lá que Mammy e eu compramos meu primeiro compacto simples (volto a isso), “The Boxer”, de Simon&Garfunkel. Dezembro de 1969.

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Da Rua Direita, desembocamos na Praça da Sé e a velha Catedral.

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Diante da Catedral, o Marco Zero, centro geográfico da cidade, de autoria de Jean Gabriel Villin, de 1934.

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Então, voltando para casa, notei que, na saída do Metrô Santa Cecília, encontra-se  coisas do tipo …

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E, na passagem pelo Parque da Água Branca, continuo em busca da foto de arco-íris perfeita.

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E, é claro, procurando a foto perfeita do pavão não-tão-misterioso

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