11/12/2010

Ventos de guerra

There was a land of Cavaliers and Cotton Fields called the Old South. Here in this pretty world, Gallantry took its last bow. Here was the last ever to be seen of Knights and their Ladies Fair, of Master and of Slave. Look for it only in books, for it is no more than a dream remembered, a Civilization gone with the wind...

Pois é isso. Estamos chegando ao final do ano, com um monte de especiais nem tão especiais na TV e eu me apego aos meus livrinhos. E num dos meus inúmeros passeios a um sebo perto do escritório em que trabalho atualmente, encontrei uma preciosidade: uma edição de 1949 de “Gone with the wind”, de Margareth Mitchell. O livro é uma edição em capa dura da McMillan, exatamente a 66.a edição, em inglês. Se eu estou apanhando para ler? Claro que sim. Comecei na semana passada e só agora cheguei na parte em que Scarlett fica viúva e com um filho de seu primeiro marido, Charles Hamilton.

GWTW_freebooksread.blogspot

O que me atrai neste grande calhamaço? Até hoje, eu não entendi. É um dramalhão bem no estilo Judith Krantz, Sidney Sheldon (aliás, eu penso que esses caras se basearam de montão no livro de Margareth Mitchell, apesar de ela ter sido execrada desde o lançamento do livro.)

Os costumes são sufocantes, como deve ser o calor da Georgia e seus vestidos de época, doze jardas de tecido sobre três saiotes de armação, além do espartilho apertado para uma cintura de 16 polegadas (40 cm). O que é engraçado – e deve causar o horror aos politicamente corretos de hoje - é o pacote de termos grosseiros que a autora usa. “Darky”, “Negro”, “White trash”, além da suposição que os negros da história se sentem muito bem em seu estado de escravidão e sendo orgulhosos da grandeza de seus amos. Em certa altura – sim, eu já li o livro outras vezes – ela não tem o menor pudor em dizer que os negros mal saíram da floresta. Só que Ms. Mitchell não era chegada ao moderno “mimimi” de “retorno às raízes”.

O livro foi adaptado para o cinema e o filme foi lançado em 1939, fazaendo um sucesso danado de grande, com grandes bilheterias, ganhando muitos prêmios , essas coisas. Também, com  esses quatro monstros da telona, quem não gostaria?

1939_gone_with_the_wind_002 Dois Oscar na mesma cena: melhor atriz (Viven Leigh) e melhor atriz coadjuvante (Hattie McDaniel)

 1939_gone_with_the_wind_004   Aqui, Scarlett conversa com os gêmeos Tarleton. O ator da Direita é George Reeve, que viria a ser o Superman da série de TV.

1939_gone_with_the_wind_013       Leslie Howard (que, na filmagem, havia passado dos quarenta e fazia o papel de um jovem de 20 e poucos anos) e Olivia de Havilland (a única “importante” viva do elenco)

1939_gone_with_the_wind_020        O anti-herói da história, Clark Gable. Dizem por aí que Ms. Mitchell já tinha Gable como o modelo de Rhett Butler, antes mesmo de o filme ser pensado.

Houve uma continuação do livro, saído da cabecinha oca de Alexandra Ripley, chamado “Scarlett”, e a história escrita pela visão dos Butler, chamado “O clã dos Butler”. Conselho? FUJA!! São horríveis.

Então … Estou mergulhada no Deep South dos tempos da Guerra Civil. Acho que não devo sair de lá por muito tempo.

Assim, deixo-os, por enquanto, com duas frases famosas:

“Frankly, my dear, I don’t give a damn” – a útlima participação de Rhett Butler no filme.

“Tomorrow is another day” – a marca registrada de Scarlett.

Claro, tem aquele juramento que ela faz, quando volta para Tara, fugindo dos ataques de Atlanta, morrendo de fome. E uma frase de Butler, no churrasco em Twelve Oaks: “Nós, do Sul, temos apenas algodão, escravos e arrogância.”

E depois falam mal da autora …

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