11/01/2011

O que é que o Beethoven tem?

Tirado da Veja:

10/01/2011 - 11:14

Cérebro

Ouvir música libera dopamina - e dá prazer

Até agora, não se sabia que substância estaria ligada a sensação abstrata

Resposta química: o nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer sentido enquanto a música é ouvida

A dopamina serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou pode ainda desempenhar um papel na motivação (recompensa secundária através do dinheiro)

O intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro. De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Neuroscience, a dopamina serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou pode ainda desempenhar um papel na motivação (recompensa secundária através do dinheiro). O que não se sabia, no entanto, era como a substância poderia estar envolvida no prazer abstrato - como ouvir música.

Para chegar aos resultados, pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, selecionaram dez voluntários, de 19 a 24 anos, entre os 217 que responderam a um anúncio solicitando pessoas que sentiam sinais de extremo prazer ao escutar música. Por meio de aparelhos de diagnóstico por imagens, a equipe dos cientistas Salimpoor Valorie e Robert Zatorre mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro. Paralelamente, sensores informavam a frequência cardíaca e respiratória dos voluntários, sua temperatura ou sinais de estremecimento de prazer no nível da pele.

Cérebro - Os resultados mostram que a dopamina é secretada antes do prazer associado à música ouvida, e durante o próprio "estremecimento" de prazer, ou seja, no auge emocional. Tratam-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem diferentes regiões no "coração" do cérebro. Durante o auge do prazer, é ativado o núcleo "accumbens", envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes - como a cocaína. Antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é observada em outra área do cérebro.

O nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer, em comparação com as medições realizadas ao escutar uma música "neutra" (indiferente aos voluntários). "Nossos resultados ajudam a explicar porque a música tem esse valor em todas as sociedades humanas", destacam os pesquisadores. A pesquisa permite ainda compreender "porque a música pode ser utilizada de forma eficaz em rituais, pelo marketing ou em filmes para induzir estados de humor". Como um prazer abstrato, a música contribuiria, graças à dopamina, para um fortalecimento das emoções, ao estimular noções de espera (da próxima nota, de um ritmo preferido), de surpresa e de expectativa.

(Com agência France-Presse)

Bla-bla-bla whiskas sachê. Óbvio que ouvir música dá prazer.

Desde Dire Straits até Beethoven, passando por um monte de barrocos, Vivaldi, Bach, Mozart, Puccini, Rossini, Mascagni, Noel Rosa, Francisco Alves, Carmen Miranda, Art Garfunkel, Spike Jones, Miklos Rozsa, John Williams (o maestro e o violonista), Andrea Bocelli, Maria Callas, Corciolli (sim!!), Paul Simon, Ladysmith Black Mambazo, John Denver, Cole Porter, George Gershwin … Nusrath Al Fateh … George Winston … (é o que rola no meu pc). Acompanhar, da primeira à última nota, a 9.a Sinfonia “Ode à Alegria”, é uma experiência de … Levitação!!

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