16/05/2010

Stooooooop!!!

Diário de bordo, data estelar …

Nada disso. Estamos em 16 de maio. Nem no meio do ano estamos. E o pessoal já está lançando carros modelo 2011.

Isso mesmo: estão lançando automóveis modelo 2011.

Por outro lado, a tchurma vive se embotocando, fazendo lifting, ginástica, tomando vitamina E, viagra, para permanecer jovem. De que jeito, se você fica acelerando os tempos? Ninguém dá a mínima para aquele conselho mais que sábio da Bíblia: Tudo tem seu tempo sob o Sol. Tempo de plantar, tempo de colher, tempo de atirar pedras, tempo de colher as pedras, tempo de guerra, tempo de paz  (I wish it’s not too late - Pete Seger). Acelera, acelera, Ayrton!

No meio de outubro, as lojas se enfeitam para o Natal. E isso me irrita, profundamente. Porque tudo, atualmente, tem o sinal da aceleração. Não há mais tempo para se curtir a chegada do Natal, a chegada dos modelos novos de carros (por que não em outubro …?), moda daqui, moda de lá … Nem mesmo curtir a vitória do seu time – ou a derrota do inimigo – tem mais gosto. Cinco minutos depois, a gente já está pensando e outras coisas, pensando no próximo campeonato …

Marcos Valle cantou isso, faz algum tempo (1974):

O tempo tem passado tão depressa

que dá para pensar

que o tempo tem agora menos tempo

prá passar …

A aceleração me irrita. Sei lá, parece que a maior parte dos males que a gente está sofrendo, atualmente, é consequência dessa aceleração. Neuroses, bruxismo, estresse, divisão acelerada e enlouquecida das células, falta de amor, de carinho, falta de tempo de dar um grande abraço no pai, na mãe, nos sobrinhos, filhos, amigos, até mesmo no cachorro. A aceleração mata. A aceleração matou Ayrton Senna. Aceleradores de partículas fazem bombas atômicas. Aceleração faz a gente escrever coisas sem sentido, como esse post.

Ho!

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