Perdidos no dia 23 de janeiro, muita gente passou ao largo dos 35 anos da morte de um artista polêmico: Paul Robeson.
De nome Paul Leroy Robeson, nasceu em 09 de abril de 1898 e morreu na Filadelfia, em 23 de janeiro de 1976. Utilizou sua voz de baixo-barítono para popularizar os spirituals negros e, segundo a Wikipedia, foi o primeiro ator negro no século XX a atuar com um elenco totalmente branco em Othello.
Estudou na Rutgers University, foi um grande atleta e … claro, naquela época das leis de Jim Crow, “separados, mas iguais”, acabou se metendo em política. E não era um daqueles “negrinhos” que sabiam onde era seu lugar. Claro, bateu de frente com o Macartismo e, bom comunista que era (oi??), acabou se tornando o “queridinho” das investigações. Ainda segundo a Wikipedia, tornou-se uma quase “não-pessoa”: não podia cantar, não podia atuar, teve seu passaporte cassado. Mimimi?? Mudei de time? Dijeininhum! Só para lembrar que, ironicamente, era exatamente o que os “povos da cortina de ferro” faziam com quem não pensava como eles. Com uma pequena desvantagem: como cerejinha do bolo, o desinfeliz era mandando para a Sibéria. Tem gente que não aprende.
Pois: ele fez teatro, fez cinema, e dele é a versão definitiva de Ol’Man River, do filme Show Boat. Em 1936. Apesar de suas escolha políticas – tá, para mim, erradas – reconheço que o cara era um excelente cantor. Ele cantou de um tudo, como diziam por aí: canções populares americanas, russas; cantou músicas religiosas judaicas, músicas de protesto; cantou o hino da União Soviética – letra terrível, melodia belíssima … Nos meus arquivos, constam as canções tradicionais americanas, entre elas, Shenandoah e Old Kentucky Home.
Como sempre, deixar carregar e curtir.
É, resolvi falar dele.
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