24/02/2011

Uma tarde de quinta, nos quintos …

Se tem uma coisa que me enche o saco escrotal virtual é a previsibilidade. Hoje, passando diante da Generalitat (sede do governo autônomo da Catalunha, em catalão. Queria que São Paulo fosse um governo autônomo …), PMs às mancheias. A senhorinha do banco à minha frente perguntou o que estava acontecendo. Eu, no meu melhor estilo “I want to be left alone”: Deve ser mais uma passeata dos estudantes contra o aumento da tarifa de ônibus.

“Mas não, eles já fizeram isso uma vez!”

“Eles são muito previsíveis”, disse eu.

“Não, deve ser outra coisa.”  Pouquinho tempo depois, desce um helicóptero. “Deve ser alguma comemoração.”

“Deve ser, o prefeito deve estar dando uma festa por estar se passando para o Lado Negro da Força.”, pensei eu. De repente, o ônibus pára.  Olhamos as duas para o nosso lado esquerdo. Uma passeata de 100. Não de Cem Mil, como aquela de 1968. De Cem. Barulhentos. Ultrapassados como … Como clamar contra o imperialismo ianque. Cheirando a naftalina.

E ATRAPALHANDO MEU RETORNO PARA CASA!!

Ela: “Ah, eu apóio os garotos!”

Eu: “Não apóio, pois os partidos que estão por trás desse ‘protesto’, são pagos com o MEU dinheiro.”

Depois, eu falei para mim mesma: sou velha demais para acreditar nesses sonhos patéticos. E me recordei que a meia passagem deles é paga com a MINHA passagem integral.

Definitivo: eu não estou legal, hoje.

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