20/12/2008

Enquanto isso, numa avenida de São Paulo ...

Eu não consigo fazer planos.

Quando fui à Europa (cantar samba de breque numa rádio de lá), tudo aconteceu quase de improviso. Minha vida é mais ou menos o que Indiana Jones fala: vou improvisando.

Por este motivo, nunca compro presentes de Natal antecipadamente. Tenho um verdadeiro horror ao "compromisso" de ver aquele presente e, de repente, achar coisa mais legal. Acontece com agendas (que eu acabo usando com bloco de notas, mais do que agenda, mesmo).

Hoje, diferente dos últimos dias em que uma baita depressão me atacou, estava animadinha e saí para comprar os presentes da família. Como somos quase todos bons leitores, bandeei-me para a Livraria Cultura, depois de ficar na Ranieri namorando o último número da Scrapbooks Etc. (Quarenta paus é um pouco pesado ...)

Pois, entrei na Cultura, namorando um monte de livros, quando dei de cara com isso:

Montecristo

O Conde de Montecristo, edição em dois volumes, numa caixinha, edição da Jorge Zahar.

Na caixa, eles mesmos falam sobre a edição cobrir uma falha de edição aqui no Brasil, já que, no país, NUNCA houve uma edição completa de um dos melhores romances de Alexandre Dumas, pai.

Eu li a edição (em três volumes) da Europa-América e, crianças, é melhor que qualquer novela da Globo, que qualquer novela mexicana da tv do Seu Sílvio ...

O livro é uma compilação do folhetim escrito por Alexandre Dumas, pai (o filho escreveu Dama das Camélias, que não é láááááá essas coisas) e, por isso mesmo, tem um monte de repetições, uma grande encheção de lingüiça, mas ... O livro É LINDO!!!

Numa casca de noz: Edmond Dantés, jovem marinheiro, chega de viagem, contentinho, pois vai ser promovido, vai se casar, vai ser feliz com sua Mercedes (a noiva, não o carro) até que a morte os separe. Só que estamos nas primeiras dez páginas de um livro que tem, por baixo, 1.300 páginas ...

Claro, ele vai ser traído, mandado para a prisão (o Castelo de If) e lá vai ser esquecido por todos. Só que ... Claro, sempre tem um "só que". Na prisão, ele encontra um prisioneiro louco, o Abade Faria, que, além de instruí-lo, dá-lhe as coordenadas para encontrar um tesouro sem tamanho.

Ele consegue escapar da prisão (de onde ninguém nunca havia escapado antes ...), tomar posse do tesouro e, claro, vingar-se dos seus desafetos, Mercedes inclusa.

O livro já foi levado ao cinema, e as versões que vi (1975, com Richard Chamberlain e 2002, com Jim Caviezel) foram de dar raiva. Sempre achei que o pessoal devia ter um pouco mais de respeito quando adaptam livros para o cinema, mas eu falo sobre isso depois.

Ou seja: tendo um pouquinho de tempo ( e dinheiro, pois a edição é salgadinha), leiam o livro.

Eu já li, uma duzia de quatro vezes. Pessoalmente, acho-o superior a "Os três Mosqueteiros".

E, pensando bem, estou sentindo uma grande vontade de ler, de novo ...

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