Primeiro de Maio

Muitos blogs lembraram do acidente que levou Ayrton Senna.

Outros blogs falaram do episódio que deu origem ao primeiro de maio.

Outros, também, falaram das "festanças" (com o o meu, o seu, o nosso dinheiro) que rolaram por aqui, na Pça. Campo de Bagatelle e no Autódromo (acho).

Eu aproveitei para DORMIR!

Aquela boa sonequinha da tarde, ouvindo Les Luthiers, Paul Robeson e resolvi escrever um post bem elitista, bem branco de zoioazul.

Gosto de óperas, principalmente aquelas beeem carne-de-vaca: La Boheme, Mme. Butterfly, Barbeiro de Sevilha, Carmen.

E hoje, deixo-os com um dos grandes tenores (que não é nenhum dos três) da cena lírica: Franco Corelli.

 

O que eu achei engraçado sobre esse tenor foi a reação de uma advogada carioca na Livraria Italiana.

Ela entra na loja e vê uma biografia dele na estante e entra em quase surto.

"Ai, que eu ADORO esse homem! Toda vez que ele se apresenta em Nova Iorque, eu vou para lá para vê-lo!"

E, manuseando o livro:

"Esse homem é bonito demais! Vem cá, você acha que ele é bicha?"

E eu:

"Bem, sabe como é, né,  o povo tem uma língua malvada ... Mas eu acho que não." Isso, sem saber NADA da vida do sujeito!

"Ah, e daí que ele é bicha, o certo é que ele canta bem que é uma enormidade!"

Daí, eu, que não perco uma chance sequer de descobrir novos sons, consegui achar um CD de "extratos" de óperas de Puccini, só com Franco Corelli. "Baratinhas!", veio para minha coleção. E, com certeza, o cara canta uma enormidade. Ele era do tempo que ópera e vozeirão não eram pop. Daí, apareceram Pavarotti, Domingos, Carreras, Bocelli, Alagna, Cura ... E virou a "soap-opera" que todos conhecem e muitos odeiam. Muito vozeirão e pouca alma.

Como assim?

É só ver ...