26/09/2010

Túnel do Tempo

 

Uma das lembranças de infância e adolescência é estar diante do rádio, ouvindo músicas antigas (naquele tempo eram antigas) com meu pai e ouvindo-o dizer: “Preste atenção na letra”.

Já viu adolescente prestar atenção em alguma coisa? Eu demorei um tempo, mas, finalmente, comeceiu a “prestar atenção na letra”. O grande problema é prestar atenção na letra e na voz – e que voz! – de Orlando Silva, cantando . Não era por nada que ele era o “Rei da Voz”.

(pena que ainda não consegui colocar alguma coisa do tipo “last.fm” no blog. mas eu chego lá! Por enquanto, divirtam-se com a letra da música.)

Rosa

(Pixinguinha)

Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor

Por Deus esculturada e formada com ardor

Da alma da mais linda flor de mais ativo olor

Que na vida é preferida pelo beija-flor

Se Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente de luz

Formada numa tela deslumbrante e bela

O teu coração junto ao meu lanceado pregado e crucificado 

Sobre a rósea cruz do arfante peito teu

Tu és a forma ideal, estátua magistral oh alma perenal

Do meu primeiro amor, sublime amor

Tu és de Deus a soberana flor

Tu és de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor

O riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor

Em vozes tão dolentes como um sonho em flor

És láctea estrela, és mãe da realeza

És tudo enfim que tem de belo

Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouso confessar-te eu hei de sempre amar-te

Oh flor meu peito não resiste

Oh meu Deus quanto é triste a incerteza de um amor 

Que mais me faz penar em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar

Jurar, aos pés do onipotente em preces comoventes de dor

E receber a unção da tua gratidão

Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos

Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer

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